É óbvio que reencarnação não existe. Primeiro, não sou evangélico e a minha teoria aqui explanada não vai falar nem na Bíblia. A teoria da reencarnação é muito simplista, ou seja, devemos vir à Terra para espiação do espírito quantas vezes for necessário. Preceitua o espiritismo, também, que é injusto uma pessoa nascer na Somália, filha de pais soropositivos e morrer duas semanas depois de fome e inanição, sendo que outra vem ao Mundo num berço de ouro na Dinamarca. Realmente, é injusto, mas tal em absoluto se deve à reencarnação. Acontece que essas desigualdades e injustiças foram, ao longo de milhares de anos, promovidas pelo próprio homem (Deus não tem culpa nisso! Deus, quando criou o homem, não fez um mais rico que o outro!). O homem, este ser medonho nunca respeitou os seus semelhantes, com raras exceções, é claro. Todos os erros cometidos pelos homens contra seus semelhantes repercutiu, no Mundo de hoje, numa estrutura que, a olhos vistos, mais parece um inferno, em virtude de tanta gente sofrer de fome, miséria, abandono e exploração. Acredito que a vida seria melhor e igualitária se desde o começo dos tempos os homens se respeitasse e fossem solidários uns com os outros. Certamente, não teríamos as anomalias que temos hoje. Portanto, continuo acreditando que viemos a este Mundo apenas uma vez, por obra e graça de Deus, que concedeu ao homem o livre arbítrio para fazer o que bem entender, mas o homem sempre usou a sua inteligência para prejudicar os seus semelhantes e agora paga um preço muito caro por isso. A teoria da reencarnação é simplista e ainda retira a culpa daqueles que se tornaram extramemente poderosos (sobretudo países) à custa da escravidão, da exploração e da pilhagem alheia. O homem de hoje é produto da sua auto-destruição e quer, sub-repticiosamente, buscar respostas lógicas (é da sua essência) na teoria da reencarnação que, diga-se de passagem, é irresponsavelmente sustentada, porque sabemos muito bem o porquê de tanta injustiça e desigualdade, mas preferimos furgir da realidade, pautarmos em fantasias que, de modo prático, inconscientemente afaste a grande culpa, que é de todos nós perversos seres humanos.